terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Em Pauta a Religiosidade

Certa vez o Rev. Stanley Jones, missionário-evangelista da Igreja Metodista na Índia, definiu assim a religião: “A religião é a busca do homem com Deus, por isso há muitas religiões. Mas o Evangelho é Deus buscando o homem, por isso há somente um Evangelho”. A frase do Rev. Stanley é pertinente se consideramos que consciente ou não, o homem busca a Deus para preencher o vazio da sua alma. Mas ele o faz à sua maneira – formas diversas e comumente erradas. Mas o Evangelho é Deus resgatando o homem por meio de Jesus, com a palavra da Verdade. Deus é único, e ímpar é a sua Palavra. Por isso, assim como só existe um Deus, também só existe um Evangelho. Muitos deuses e muitas promessas de salvação existem, contudo, só um pode libertar e salvar.

Nos últimos anos muito tem se falado a respeito da religiosidade e seus efeitos para o Corpo de Cristo. Conforme um estudo publicado pela Comunidade Carisma de Osasco (“Seitas e Heresias – O surgimento da religiosidade) “a palavra ‘religião’ vem do latim religio, que significa ‘religar’. O conceito implícito nesta palavra é o de uma tentativa do homem de ‘religar-se’ a Deus, reatando uma comunhão rompida. Esse sentimento ‘religioso’ é comum a todos os homens, não importando sua origem social ou geográfica”. Segundo ainda o estudo, “a religião surgiu no vácuo provocado pela ausência da comunhão autêntica com Deus. O homem foi feito para viver em comunhão com Deus, e na falta dessa comunhão ele experimenta, ainda que inconscientemente, um sentimento de profunda frustração. Esse anseio (e não o ‘medo do desconhecido’, como muitos sustentaram no passado) é que originou na humanidade a busca religiosa”, afirma o estudo.


Para uma melhor compreensão do que é ser uma pessoa religiosa, vamos fazer um paralelo entre o que é ser religioso e o que é ser um discípulo. Claro, sem o intuito de depreciar ou mesmo julgar a alguém, mas no sentido de melhor elucidar a questão.


Comumente uma pessoa religiosa busca fazer as coisas ou mesmo ir ao culto, para que o pastor ou os membros o perceba. Um religioso costuma criticar ou reclamar de tudo e de todos, principalmente dos líderes. Não consegue prestar atenção no culto. Levanta-se a todo instante com a desculpa que vai ao banheiro ou tomar água. Não consegue reconhecer as autoridades como vindas do Senhor. Distancia-se da igreja com facilidade, mas quando surge um passeio, uma festa ou um acampamento quer participar de qualquer jeito. O religioso não se importa com o propósito que Deus tem para a sua vida. Fala de Deus, mas não o conhece. Não é obediente, não aceita ser chamado atenção. Faz o que lhe acha ser conveniente. Apóia-se, muitas vezes, somente em profecias e naquilo que os outros falam. Muitos estão voltados para aquilo que o mundo pode oferecer, enquanto deveriam se preocupar com o que Deus pode oferecer.


o discípulo é aquele que se importa realmente com o que Deus quer. Tem Deus como centro de tudo. Procura fazer as coisas para Deus e não para o homem. Anda sempre na luz e busca viver em santidade. Obedece a Deus. É grato. Reconhece as autoridades delegadas pelo Senhor. Foge da aparência do mal. É ensinável e deseja viver de forma intensa o amor do Pai.


Talvez você, ao ler este texto, se viu como um discípulo, aquele que tem buscado fazer a vontade de Cristo. Porém, se você percebeu que tem agido como um religioso, aquele que não tem vivido e experimentando das bênçãos de Deus, peça para que o Senhor, hoje ainda, venha transformar a sua vida, para que você venha viver e usufruir cada promessa que Ele tem para você. Não viva de forma mecanizada, enxergando somente o superficial. Mas veja o que Deus tem para você, aprendendo a guardar cada ensinamento do Mestre.


Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não serve.” (Ml. 3.18.)


Ana Paula Costa
redacao@lagoinha.com

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