terça-feira, 4 de novembro de 2008

Orar ao Espírito Santo é Bíblico?

"É lícito orar ao Espírito Santo?"
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O maior exemplo de como se deve orar está no ensino de Jesus a respeito desse im­portante ministério (Mt 6.7-15), onde está implícito que a oração deve ser feita ao Pai, a quem pertence o reino, o poder e a glória: "E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus", Ne 4.9; "Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao Senhor", Is 38.2; "orai pelos que vos perseguem", Mt 5.44. Até mesmo Je­sus dirigiu ao Pai as suas orações: Mt 26.33,42; Lc 22.42; Jo 17.1.
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Todavia, a oração, embora feita ao Pai, deve ser em nome de Jesus: "Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei", Jo 14.14; "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles", Mt 18.20. Escritores eruditos concordam em que a oração deve ser feita a Deus Pai, em nome de Jesus.
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Para que se tenha certeza de que se está orando a Deus é necessário uma experiên­cia de suã proximidade, de sua atenção para com o que lhe pedimos. Há possibili­dade de estarmos orando sobre um assunto e pensando noutro. Nessa oração não há poder. Somente quando nos colocamos face a face com Deus, sentimos a virtude da sua presença.
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Orar direto e especificamente ao Espí­rito Santo não tem princípio bíblico, pois o Espírito Santo não toma para si a glória do que recebemos por meio de oração. Ele não fala de si mesmo, antes glorifica a Jesus: Jo 16.14. Logicamente, uma oração dirigi­da ao Espírito Santo não se justifica. Ve­mos, contudo, que nem sempre sabemos pedir o que nos convém e nem temos con­dições de chegar à presença de Deus. Neste sentido, é lícito esperarmos numa atuação voluntária do Espírito Santo a nosso favor: "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza, porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis", Rm 8.26. Essa intercessão pode nos comunicar uma intensidade de oração que nos tornará agradáveis a Deus e capazes de alcançar a sua resposta.
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ALMEIDA, de Abraão et al. A Bíblia Responde. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1983.

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